quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Início

Fiz vinte e seis translações solares, vivi muitas horas, setenta e cinco mil das quais passei a dormir, mas frustre-se quem de mim espera muitas histórias, pois das muitas aventuras e aprendizagens, pouco tenho de interessante para vos contar.

A viagem pareceu lenta, mas o tempo passou rápido e não o consegui aproveitar, talvez por não ter as oportunidades, ou por não proporcionar a que elas aparecessem, questiono o porquê de ser assim, mas as respostas são difíceis.

Fui criado com liberdade, mas não me incutiram responsabilidade e rigor nas minhas tarefas e agora vivo o pesadelo da fraqueza do corpo a arrastar a mente.

Todos os anos travo a batalha do Ano Novo/vida nova, é a batalha moribunda onde a fraqueza vence.

A minha triste vida é o espelho deste meu dia, que começa na esperança de um despertar madrugador para trabalhar em projectos ambiciosos e o rescaldo é um arroz de tomate como nunca o fiz e a esperança de amanhã acordar cedo para trabalhar nos tais projectos.

É triste, eu sei, mas esta tristeza mistura-se com a revolta por aquilo que não faço, ganho a força e a vontade de fazer aquilo que já podia ter feito e não fiz, arranjo o motivo para voltar a não fazer o que já devia ter feito e entristeço-me por ser assim, revoltando-me novamente para iludir a realidade.

Vinte e seis anos a iludir a realidade, chega!

Chega de deitar e acordar tarde, chega de vícios, chega de perder tempo com coisas fúteis, chega de leviandades.

Acredito na imortalidade da alma e no poder da mente Humana, dádiva de Nosso Senhor Todo Poderoso, contra a qual batalharei para controlar o corpo, atingir a paz interior e dominar o poder do maior feito da criação divina.

Serei rigoroso, exigente e crítico, comigo mesmo e com tudo o que me rodeia, serei conselheiro, serei criativo, serei mais que uma singularidade na sociedade, serei o Mestre.


2 comentários:

B. disse...

o passado serve-nos para perceber o presente e construir o futuro. sem passado, bom ou menos bom, não haveria qualquer tipo de futuro.
não te reprimas pelo passado, aprende com ele.

Aluada disse...

Olá.
Se tens noção da banalidade do teu passado, aprende com ele para teres um futuro.
LF